segunda-feira, 26 de abril de 2010

Proposta de Trabalho com Gêneros nas Orientações Curriculares do Estado de SP

"No âmbito da presente reflexão, considera-se "gêneros de textos"como classes de exemplares concretos de texto. Inclui-se, portanto, no entendimento do que sejam os gêneros textuais: a) a dimensão global de sua realização, firmada na recorrência de traços e na instauração de modelos; b) a dimensão particular de suas manifestações, em que se dá a confluência do homogêneo e do heterogêneo das realizações individuais."              (ANTUNES,  Irandé Costa.Lingua, gêneros textuais e ensino: considerações teóricas e implicações pedagógicas.Perspectiva, Flonanópolis, v20, n.01, p.65-76, jan./jun. 2002.)
Ao assumir a reflexão a respeito de gêneros textuais proposta por ANTUNES,  entendemos que a proposta curricular que se propõe abordar os gêneros textuais deve comprometer-se em abarcar a globalidade do conceito como também sua singularidade. Dessa forma, é fundamental que as orientações curriculares promovam o contato com todos os gêneros das diversas esferas mais que não percam de vista a singularidade deles, isto é o que é comum do gênero e o que há de singular no texto em discussão.
Ao analisar a proposta de leitura prevista pelo Governo do Estado de São Paulo percebi que há a preocupação com o contato dos alunos com os gêneros, porém há que se entender que não se trata apenas de contato, há que se planejar a mediação para que se possa favorecer os aspectos denotativos e os implícitos do texto.
Seria interessante trazer para as aulas os gêneros em que os alunos participam com mais desenvoltura de suas esferas de circulação como também propor que tenham contato com outras esferas que não têm tanto contato o que revestiria de desafio a atividade. Esse exercício não é declarado na proposta de leitura prevista pelo Guia de Orientações Curriculares do Estado de São Paulo.

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